Na tarde desta terça-feira, 17, um morador de Portão sofreu uma tentativa de golpe no seu WhatsApp. No conteúdo das mensagens, um homem, se passando por um delegado da cidade de Carlos Barbosa, entra em contato com a vítima informando que ele tem registrado em sua delegacia um processo de pedofilia virtual.
De acordo com as mensagens recebidas pelo morador, o suposto delegado informa que para que a denúncia não siga em frente a vítima deve depositar o valor de R$1.500 para o golpista referente a fiança. Com a negativa da vítima, o golpista o ameaça dizendo que irá mandar até sua residência uma viatura da Polícia para apreender celulares, computadores e ainda alerta a vítima de que, quando acontece uma denúncia de pedofilia virtual, o celular passa por perícia até que seja provada sua inocência e por isso a quantia serviria para que seus pertences não fossem apreendidos.
Após a vítima se negar a pagar o valor, o golpista ainda informa que dará segmento na denúncia, mas propõe à vítima que deposite o valor de R$500 de entrada no arquivamento do processo e que o restante do valor pode ser parcelado. A vítima foi até a delegacia de Portão para registrar boletim de ocorrência.
Nossa reportagem conversou com o delegado Marcos Mesquita, que relatou que esse tipo de golpe é comum nos tempos atuais. Os golpistas podem usar tanto uma conversa em redes sociais em que os interlocutores trocam fotos íntimas, que depois são utilizadas para extorquir a vítima, até mesmo investir supostos processos, como o caso da vítima de Portão: “Em alguns casos, são utilizadas supostas fotos de menores de idade e até a montagem de delegacias falsas como forma de pressão. A vítima na sua maioria é uma pessoa casada, ou que está envolvido em um relacionamento sério, que muitas vezes cede às chantagens para não ter exposto seu `caso extraconjugal`”, destacou o delegado.
O delegado orienta, que nesse tipo de caso, a vítima deve procurar uma Delegacia de Polícia e registrar Boletim de Ocorrência.