Nesta terça-feira, 7, foi inaugurada na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM), de Uruguaiana, um espaço para melhor atendimento de vítimas ou testemunhas de casos de violência contra a mulher. Duas salas da delegacia foram reformadas para abrigar um cartório e, em uma das salas, será um espaço de acompanhamento para vítimas que denunciem situações de violência.
O espaço humanizado foi possível com o apoio da unidade do Ministério Público do Trabalho (MPT/RS), em Uruguaiana, que destacou cerca de R$55.647 mil, de recursos provenientes de acordos feitos em uma Ação civil Pública ajuizada em face de uma rede de exploração sexual infantil, para a criação dos espaços.
A criação de uma sala específica direcionada para a tomada de depoimentos em casos relacionados à Lei Maria da Penha ou para mediações em questões de violência doméstica, tem como objetivo garantir a segurança das vítimas, oferecer um espaço acolhedor que garanta privacidade e a humanidade do atendimento e diminuir a notória substantificação desse tipo de crime.
Com o novo local, a delegacia pretende implementar o Programa de Mediação de Conflitos da Polícia Civil do RS, o Programa Mediar. Ele começou a ser implementado na Polícia Civil do Estado em 2014, com objetivo de intensificar a aplicação da técnica de Mediação de conflitos como meio alternativo de resolução na Justiça Criminal, dentro da filosofia da Justiça Restaurativa.
Além das salas, o MPT também destinou recursos para a renovação das instalações da 2ª Delegacia de Polícia de Uruguaiana, entregando os últimos aprimoramentos de uma sala de escuta humanizada na Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA). Segundo a Delegada Amanda Andrade, esse “é um projeto que visa instruir professores e diretores de escolas a identificar sinais de abusos e explicar quais as providências devem ser tomadas em casos de suspeita ou denúncias”.