A economia brasileira registrou um crescimento de 1,9% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com os últimos três meses do ano passado. O dado foi divulgado nesta quinta-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, somou R$ 2,6 trilhões no período. Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, a economia brasileira avançou 4%. O PIB acumula alta de 3,3% no período de 12 meses.
Agropecuária lidera o crescimento
O resultado positivo foi puxado principalmente pela agropecuária, que teve um crescimento de 21,6%, impulsionada pela produção recorde da soja, principal lavoura de grãos do país. A safra da soja concentra 70% da colheita no primeiro trimestre e deve fechar este ano com recorde.
Serviços também avançam
Os serviços, maior setor da economia brasileira, também tiveram um desempenho favorável, com alta de 0,6%, destacando-se as atividades de transportes e financeiras. O setor foi beneficiado pela flexibilização das medidas de restrição ao comércio e à circulação de pessoas em alguns estados e municípios.
Indústria fica estável
A indústria, por sua vez, ficou estável no período, com variação negativa de 0,1%. Houve queda na produção de bens de capital e bens intermediários, que são máquinas e equipamentos usados no setor produtivo e insumos industrializados usados na produção. Por outro lado, as indústrias extrativas e a atividade de eletricidade e água cresceram.
Consumo das famílias e do governo tem leve aumento
Pelo lado da demanda, o consumo das famílias e do governo teve leve aumento no trimestre, com altas de 0,2% e 0,3%, respectivamente. O consumo das famílias foi influenciado pelo pagamento do Bolsa Família e pelo aumento da massa salarial real. Já o consumo do governo reflete os gastos com saúde e educação.
Investimentos registram queda
Já os investimentos registraram uma queda de 3,4% no trimestre. Segundo o IBGE, esse resultado se deve à base de comparação elevada do trimestre anterior e à redução na importação e na produção interna de bens de capital.
Exportações caem e importações recuam
No setor externo, as exportações caíram 0,4%, enquanto as importações recuaram 7,1%, contribuindo positivamente para o PIB. A queda nas exportações foi puxada pela redução nas vendas externas de produtos da indústria extrativa. Já a queda nas importações foi influenciada pela diminuição nas compras externas de bens intermediários.