MB Notícias realiza entrevistas com os pré-candidatos ao Governo do Estado. O nosso segundo entrevistado foi o pré-candidato Vieira da Cunha, do PDT.
Com mais de 40 anos na política, Vieira da Cunha é promotor de justiça e diz ser político profissional. Colorado, amante de vinhos da serra gaúcha, conta que teve todo o apoio da família nesse mais novo desafio na sua carreia política. Em entrevista com a jornalista Letícia Demoly, ele conta sobre sua trajetória e o convite para ser pré-candidato.
O senhor está na política há bastante tempo. Já foi eleito muitas vezes, mas toda vez eu imagino que o senhor chegue com essa novidade para a família, de que mais uma vez vou disputar. É um pouco pesado, porque eles também participam. Como foi para a família do senhor quando recebeu a informação de que esse ano seria disputar novamente o Piratini?
Fui deputado durante 20 anos consecutivos. Mas não sou um político de carreira. Sou um político profissional. Eu tenho a minha profissão, que eu conquistei por um concurso público no ano de 1986. Sou promotor de Justiça e ultimamente eu vinha atuando como procurador de Justiça Criminal perante a Terceira Câmara do Tribunal de Justiça. Eu estava já há seis anos fora da política, atuando na área da minha profissão. Quando eu fui chamado pelo meu partido, nós tínhamos um pré-candidato, Romildo Bolzan Júnior, que é presidente do coirmão Grêmio, e ele, por razões internas do clube, não pôde se desvencilhar dos seus compromissos. E o partido, então, me chama. Eu já estava licenciado do meu cargo desde o dia 2 de abril para compor com o Romildo a chapa majoritária. Poderia ser até vice dele, porque cunhado não é parente. Eu sou casado com uma irmã dele. Então poderia ser vice do Romildo, poderia ser candidato ao Senado. Eu estava pronto para contribuir ao meu partido, quando então o Romildo comunica que não poderia sair do Grêmio. E eu abracei com muito entusiasmo essa causa, porque eu tenho mais de 40 anos de filiação partidária E eu sou pré-candidato a governador porque quero uma vez no governo, implementar essas políticas públicas que o meu partido historicamente defende.
Se o senhor pudesse elencar três pontos principais, o que o senhor está pensando em organizar para apresentar ao povo gaúcho?
Mais do que nunca, a educação como prioridade. Eu diria prioridade das prioridades. O Rio Grande do Sul, ao longo da sua história, dificilmente tenha passado por um momento tão difícil na educação pública como o que nós estamos vivendo. Foi divulgado o último Censo Escolar, no Ensino Médio, só tem três estados piores que o Rio Grande do Sul. O índice de evasão do ensino médio, significa dizer que nossos jovens estão abandonando a escola. Essa gurizada de 15, 16, 17 anos está sendo recrutada pelo crime organizado, estão morrendo. São futuros que estão sendo abreviados, porque há uma falência do ensino público gaúcho. Eu sempre digo, não se gasta dinheiro com a educação, se investe! Então, a prioridade das prioridades é a educação, mas claro, temos que cuidar da saúde pública. Vivemos agora num período de pandemia. As fragilidades do nosso sistema de saúde afloram. Nós temos que ter investimentos nessa área. Nós temos que ter regime de parcerias com os hospitais filantrópicos, que cumprem um papel fundamental à saúde da população que mais precisa, atendendo pelo SUS. E, do lado da educação e da saúde, a questão da segurança pública. A área que mais atuei nos últimos anos, profissionalmente. Nós temos que dar um fim à violência doméstica. É um problema seríssimo. O número de feminicídios assustadoramente aumenta no nosso Estado.
Quero que o senhor deixe um recado para o senhor mesmo para outubro. O que o senhor quer dizer para o Vieira da Cunha?
Vieira da Cunha seja propositivo, faça um debate em alto nível. Vamos discutir os problemas do Estado e as suas soluções, porque esse nosso Estado ele é grande, ele é forte e ele precisa ser reerguido. Esse é o recado que eu deixo para ti, candidato.
Confira a entrevista completa:
Boa tarde. Lendo essa entrevista, me motivei para escrever. Estou buscando apoio para a questão do estudante autista. Tenho um exemplo na família, no qual foram OITO anos de pura perda de tempo para um menino e sua família. Creio que seja uma questão muito importante, pois acredito que muitas famílias sem conhecimento passam por essa situação.
Desde já agradeço se houver interesse.