Acolher, garantir autonomia e emancipação pessoal.
Foi inaugurado hoje o Residencial Inclusivo SOS Vida. Dirigido pelo Instituto Humanitário e Educativo SOS Vida, o local oferta serviço de acolhimento institucional para jovens e adultos com deficiência e que não têm condições de autossustentabilidade ou de retaguarda familiar. É um serviço de Residência Inclusiva. Marcelo Meneghini, Presidente Instituto Humanitário e Educativo SOS Vida, é também um dos idealizadores do projeto.
Para quem se destina:
Pessoas acima de 18 anos, de ambos os sexos, com algum tipo de deficiência (com CID), beneficiários de BPC ou não.
Qual o objetivo:
Garantir, através de moradia coletiva, a construção da autonomia e da emancipação pessoal dos sujeitos com deficiência em situação de vulnerabilidade social, com vínculos familiares fragilizados ou rompidos, não só dando moradia digna, alimentação e carinho, mas também encaminhando-os para cursos de capacitação e se possível, para o mercado de trabalho, para que possam iniciar suas vidas de forma estabilizada.
O serviço, como pode ser visto nas fotos, tem uma estrutura robusta e adequada e uma equipe multidisciplinar com assistente social, psicólogo, terapeuta ocupacional e cuidadores em regime de plantão. O local prestará atendimento 24 horas durante todos os dias da semana
A assistente social
Sissa de Aguiar, assistente social do Instituto Humanitário e Educativo SOS vida, falou sobre o projeto com o MB Notícias. Ela contou que a luta pelo serviço de acolhimento em residência inclusiva iniciou em 2014 na rede de proteção à pessoa com deficiência no Ministério Público onde as instituições se reuniam para dar encaminhamento às demandas dos PCDs. “A ex-presidente da APAE, Marina Odete Kuss, foi incansável nessa luta. Me recordo que a ideia foi lançada pelo Pastor Marcelo Meneghini com a promotora Diolinda Hanunusch”, explica Sissa. De acordo com ela tudo começou com um aluno da APAE chamado Sérgio. Ele teria de ser acolhido, pois a vida toda morou em lares e em idade adulta não tinha nem um local e nem um tutor. “Então, foi pensado que ele poderia ser acolhido no Sítio SOS Vida. Desde então, ele mora lá.”. O Sitio De Acolhimento Sos Vida atende pessoas em situação de vulnerabilidade
Do sonho ao projeto
Foram anos e discussões para que o serviço se tornasse realidade. Então, em 2020, o pastor Marcelo, decidiu ceder a casa onde morava com a família para ser implantado o projeto. Desde novembro de 2020 Sissa trabalha o Instituto e fala, entusiasmada, sobre o que já está sendo feito e as possibilidades que esse local irá abrir para Ijuí, e também para a região já que o local é aberto à comunidade regional. “Se não houver família, esse residencial será a casa definitiva desses moradores”, explica Sissa.
A residência tem capacidade para abrigar até dez pessoas, conforme recomendação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), com idade a partir dos 18 anos. Trata-se de uma casa, tipicamente familiar, adaptada a deficientes físicos com quatro quartos, sala, cozinha, banheiros e garagem, além de um grande terreno gramado e arborizado, onde poderão estar em convívio com a natureza. Todo o pátio é cercado com muros e portão de segurança, para que não haja entrada de pessoas não autorizadas no local.