Aconteceu nesta sexta-feira, 5, uma operação para combater o tráfico de drogas e a associação ao tráfico de drogas em um condomínio residencial do Programa Minha Casa, Minha vida, em Santo Antônio da Patrulha. A operação contou com o ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) e a Brigada militar de Osório.
Além de armazenar drogas em apartamentos próprios e alugados, o grupo obrigava moradores com ameaças, a guardarem entorpecentes. Há relatos de pessoas que tiveram que abandonar sus apartamentos.
A operação nomeada Retomada, foi conduzida pelos promotores de Justiça Camilo Vargas Santana, de Santo Antônio da Patrulha, e João Afonso Silva Beltrame, coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO). Pela Brigada Militar, lideraram a operação os comandantes do Comando Regional de Polícia Ostensiva do Litoral (CRPO Litoral), tenente-coronel Nem Humberto Fagundes Medeiros, e o 8º Batalhão da Polícia Militar (8ºBPM), major Fábio Hax Duro. Atuaram na operação, 232 agentes da BM e do MP, além dos 2 promotores de justiça.
Dos 17 mandatos de prisão, 11 foram cumpridos em Santo Antônio da Patrulha, 1 em Canoas e 5, com o apoio da Superintendência dos Serviços Penitenciários (SUSEPE), em penitenciárias de Charqueadas e Osório. Outros 40 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos nas cidades de Antônio da Patrulha, Canoas, Nova Santa Rita, Charqueadas e Osório. Além disso, o MPRS pediu o bloqueio judicial de 10 apartamentos no condomínio.
A investigação apurou que a facção, comandada por 2 irmãos recolhidos na Penitenciária Modulada Estadual de charqueadas, trazia as drogas de outra cidade, provavelmente de Canoas, e estocava em residências próximas e em apartamentos dentro do condomínio. O grupo adquiriu ou alugou cerca de 20 apartamentos no residencial, nos quais eram utilizados para moradia, fracionamento e armazenamento de drogas. A venda das drogas ocorriam em frente ao condomínio, à luz do dia, e os moradores que não colaborassem com o tráfico, eram obrigados a deixar suas casas. Além disso, perpetuava a lei do silêncio, pois os moradores não se sentiam seguros em denunciar os envolvidos com o tráfico de drogas no local, por medo de represálias.
RESULTADO
A Operação Retomada prendeu 20 pessoas, sendo 13 a partir do cumprimento de mandados de prisão e sete por flagrantes de tráfico de drogas e posse ilegal de armas. Houve apreensão de cinco armas, munições e entorpecentes.
DESTINAÇÃO ADEQUADA DOS IMÓVEIS
Após a operação Retomada, o subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Institucionais do MPRS, Júlio César de Melo, acompanhado dos promotores de Justiça João Afonso Silva Beltrame, Camilo Vargas Santana e Graziela da Rocha Vaughan Veleda, visitou o condomínio residencial do Programa Minha Casa Minha Vida. Estiveram presentes também, o prefeito de Santo Antônio da Patrulha, Rodrigo Massulo, alguns de seus secretários e vereadores da cidade.