O aumento de caso de varíola dos macacos (monkeypox) no Estado, a Secretaria de Segurança (SES), está preparando estratégias para o enfrentamento da doença, com foco em vigilância em saúde e prevenção. A equipe diretiva da SES esteve em reunião nesta quarta-feira, 3, e durante a reunião, a equipe diretiva ressaltou a necessidade de agregar diversos segmentos da sociedade civil para acompanhar a evolução da doença no mundo, preparar a rede de assistência à saúde, sensibilizar os municípios ao diagnóstico da doença, assim como ocorreu no enfrentamento à covid-19, desde o início do surgimento da doença.
A ideia é trabalhar com o Centro de Operações de emergência (COE), já constituído para a covid-19, visando buscar novos parceiros externos que tenham relação com a monkeypox. Dentro do Centro Estadual de Vigilância em saúde (Cevis) e do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), esse trabalho de monitoramento das doenças será permanente, mesmo antes do primeiro registro de circulação da doença no Estado.
Até o momento, o Estado registra 12 casos da doença. 7 deles foram confirmados pela Secretaria de Saúde na última semana. No total, são 7 homens e 5 mulheres com a doença.
Casos confirmados por município:
• Canoas: 1
• Caxias do Sul: 2
• Garibaldi: 1
• Igrejinha: 1
• Porto Alegre: 5 (sendo um deles residente do exterior em viagem à cidade)
• Uruguaiana: 1
• Viamão: 1
Informações sobre a doença
A Monkeypox é uma doença viral, transmitida entre humanos que ocorre principalmente por contato pessoal com secreções respiratórias, lesões na pele de pessoas infectadas ou por objetos recentemente contaminados. A doença causa erupções que geralmente se desenvolvem pelo rosto e depois se espalham para outras partes do corpo formando uma crosta. Quando essa crosta desaparece, a pessoa deixa de infectar outras pessoas. O período de incubação do vírus é em torno de 6 e 16 dias, podendo chegar a 21 dias.
Origem do nome Monkeypox
O Ministério da Saúde optou por não denominar a doença no Brasil como varíola dos macacos para evitar um estigma e ações contra os primatas. Apesar de ter sido identificada originalmente em animais desse gênero, o surto da doença não tem relação com os animais, apesar do estrangeirismo. Segundo o Governo Federal, isso tem o intuito de evitar o desvio dos focos de vigilância e ações contra os animais.