Na última semana a Polícia Civil prendeu um homem em Portão acusado de abusar de suas filhas. À Polícia Civil o indivíduo disse que era pastor. A União dos Ministros Evangélicos fez uma nota repudiando o abuso praticado (União de Ministros Evangélicos de Portão publica nota de repúdio).
Nesta segunda-feira, 29, o presidente da UMEP, pastor Alaerte Marcos, esteve na Câmara de Vereadores de Portão onde falou sobre o caso na Tribuna. “Eu quero enfatizar, nesta noite, esse último acontecimento que infelizmente abalou a cidade Portão e não só a cidade Portão, onde teve alcance abalou e foi um assunto bastante comentado, bastante discutido, bastante falado em diversos lugares.”, falou o pastor.
O pastor iniciou seu discurso falando que a maioria das pessoas tem acesso a nota e que gostaria de enfatizar que o suposto pastor não é pastor. “Ele veio para cidade de Portão e, aqui na cidade de Portão, ele não tinha nenhum vínculo Pastoral. Ele não tem e não tinha uma igreja.”, esclarece.
O presidente da UMEP alertou ainda que o indivíduo em questão não estudou para ser Pastor. Segundo Alaerte ele se declarou pastor na hora da ocorrência, na hora do aperto. “Posso dizer porque, segundo a pesquisa que nós fizemos, esse sujeito fez uso de algo que na verdade ele não deveria jamais ter feito. Até porque não é bem simples ser pastor. A minha primeira formação eu me formei em Teologia, a minha segunda formação eu me formei em Capelania, a minha terceira formação eu me formei em Juiz de paz Eclesiástico, a minha quarta formação eu me formei em História, e leciono história em três escolas em São Sebastião do Caí. E quando falam e me chamam de pastor, me traz uma responsabilidade muito grande. Nós entendemos biblicamente que o pastor uma figura escolhida por Deus, inclusive não é uma profissão. Eu acredito que todos têm conhecimento que quando nós pastores vamos abrir um crediário a grande maioria das lojas, se nós falamos ‘eu sou pastor’ não tem local para colocar porque não é uma profissão.”, explica.
O pastor ainda salienta que os pastores recebem uma chamada de Deus. “A minha chamada eu recebi quando eu tinha 14 anos de idade e eu comecei a exercer ela 27 anos atrás. Eu sou pastor há 27 anos na cidade e às vezes não me sinto digno de tal responsabilidade, de ser chamado de pastor, de representante de Deus e de trabalhar com pessoas tão sensíveis tão importantes e pessoas com tantas linhas de pensamentos diferentes com tantas diferenças. Às vezes não me sinto digno de ser chamado o pastor, mas por entender que eu recebi uma chamada então eu exerço a função Pastoral a qual com muito cuidado como presidente da UMEP”.
Alaerte se disse muito preocupado com os últimos acontecimentos porque foi muito grave o que aconteceu e fez com que uma grande maioria da população nas mídias sociais comentassem e diversos comentários sem conhecimento de causa. Para ele, diversos comentários foram feitos sem saber o que é realmente um pastor. “Eu notei que houve bastante comentários nas mídias sociais enquadrando praticamente todos os pastores da cidade no ombro daquele sujeito que nem pastor é e me deixou preocupado.”, explana.
Confronto de ideias
O presidente da UMEP ainda salientou que a sociedade está vivendo um confronto direto e indiretamente quase todos os dias em todos os lugares no campo das ideias, nas diferenças. “Porque nós não somos seres humanos iguais, somos todos diferentes e nós temos opiniões diferentes. Trabalhamos com opiniões diferentes, mas no momento que as nossas essas opiniões trazem uma construção de preconceito, de discriminação no campo das ideias é perigoso. Porque o que nós assistimos nesta última década são pessoas brigando pelas suas escolhas, pelo que pensam, pelo que defendem. É muito legal ser diferente, é muito bom. E o que nos completa realmente é essa diferença, é não sermos iguais. Mas, desde que esta diferença venha para um campo não apenas no imaginário, mas no campo real das coisas porque uma grande maioria das pessoas por falta de conhecimento às vezes fazem comentários e fica dentro de um campo Imaginário e prejudica muito toda uma população de pessoas que às vezes são pessoas sensíveis.”, prega,
Então, trago aqui o meu repúdio a esse acontecimento e também há diversos comentários envolvendo diversos líderes realmente homens de Deus, mulheres de Deus, adolescentes de Deus, crianças de Deus, que trabalham em diversas áreas da sociedade e que foram enquadrados e colocado juntamente na mesma leva na mesma vala no mesmo sujeito desse suposto pastor. Eu deixo registrado a minha indignação com o acontecimento. E, meus amigos, eu não creio que a justiça humana vá falhar em relação a esse acontecimento, eu creio que a Justiça será feita, mas posso assegurar que é Daniel, Capítulo 2, Versículo 29 das escrituras sagradas diz que Deus revela o que está oculto, e o que está no escondido. Se a justiça humana, que eu não creio que vá falhar, eu creio na justiça Divina. E eu quero encerrar a minha fala dizendo que a sociedade brasileira precisa de paz, precisa de respeito. Precisa de aceitar as diferenças, precisa pensar não igual, nunca vamos conseguir isso, mas nós entendermos que na bolha do conhecimento o nosso direito vai até que inicia o direito do outro e o direito do outro não deve ser uma ofensa para mim o direito do outro eu devo levar para o campo analítico das coisas e colocar dentro de uma bolha que eu possa trabalhar isso até que chega o momento de transformar isso num sentimento. Mas, o que a gente assistiu nos últimos dias, é uma fala atrás da outra fala. Às vezes tem um tempo de análise para ver realmente o que significa aquele conteúdo, aquele assunto e aí então depois que entra na velocidade dentro da inovação tecnológica isso se espalha e uma grande maioria das vezes uma grande maioria das autoridades são prejudicados e tem dificuldade para buscar de volta o conteúdo espalhado.
Olha só, é muito semelhante a gente subindo na torre da igreja mais alta da cidade que eu acredito que é a Igreja Católica. Subir lá na torre e pegar um saco com bastante penas dentro e jogar e saír procurar aquelas penas. A gente vai ter uma dificuldade enorme para juntá-las todas. Assim é quando a gente fala uma mentira contra alguém. A gente pode até tentar recuperar, até tentar ir atrás, mas é muito difícil a gente conseguir recuperar tudo que foi colocado.
Pastor Alaerte vc tem toda razão as pessoas adoram julgar todos por um, isso é muito triste dizer são todos iguais.