Na praia de Atlântida Sul, município de Osório, uma triste história marcou a virada do ano para Eduarda Arezi e seu querido animal de estimação, Theodor. O cão, de apenas três anos de idade, perdeu a vida devido a uma série de fogos de artifício.
Eduarda Arezi, tutora de Theodor, relatou que a pressão do cão aumentou drasticamente e seu olho saiu do lugar devido ao estresse causado pelos fogos na noite de 31 de dezembro para 1 de janeiro. Desesperada, a tutora levou imediatamente o animal à uma clínica de emergência.
Na clínica, foi decidido realizar um procedimento para colocar o olho de Theodor de volta ao lugar e normalizar sua pressão. No entanto, a tragédia se abateu sobre Eduarda e o cão, pois antes mesmo de retornarem para casa, a veterinária ligou informando que Theodor não resistiu. Moradores locais têm relatado um aumento significativo no uso de fogos de artifício na região.
A legislação estadual, Lei 15.366, aprovada em 2019 e regulamentada em 2020, não proibiu a explosão de fogos com barulho, mas estabeleceu limites. As explosões são consideradas ilegais quando ultrapassam os cem decibéis, e a medição do ruído para determinar a legalidade deve ser feita a 100 metros de distância do explosivo.
A punição para infratores, de acordo com a lei, é uma multa entre 102 e 512 Unidades de Padrão Fiscal, equivalente a R$ 2.523,67 a R$ 12.667,85. A justificativa para a legislação é de que fogos com estampido causam estresse em autistas, enfermos e, como tragédias como a de Theodor demonstram, em animais de estimação.
O caso de Theodor destaca a importância de conscientizar a população sobre os impactos negativos dos fogos de artifício, especialmente em áreas onde sua utilização é restrita. Eduarda Arezi, além de lidar com a tristeza da perda de seu companheiro canino, agora busca sensibilizar a comunidade para evitar que outras tragédias semelhantes ocorram no futuro.