Na manhã desta quinta-feira, 18, o Ministério Público do Rio Grande do Sul, através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) – Segurança Alimentar, iniciou a operação Hipo. O propósito é desarticular a organização criminosa que abatia e comercializada carne de cavalo em Caxias do Sul. Ao todo, estão sendo cumpridos seis mandados de prisão preventiva e 15 de busca e apreensão referentes a oito alvos.
O Gaeco, ao analisar às conversas interceptadas pelo MPRS com autorização da Justiça, apurou que o grupo investigado provia a estabelecimentos da cidade elevados montantes de carne (em forma de hambúrgueres e bifes), originárias do abate clandestino de equinos. Essa suspeita foi confirmada através da realização de perícia em duas hamburguerias da cidade, onde foram encontradas presença de DNA de cavalo nos lanches. Também eram misturadas carnes de peru e suíno.
“Eram distribuídos em torno de 800kg semanais”, conta o coordenador do Gaeco – Segurança Alimentar, promotor de Justiça Alcindo Luz Bastos da Silva Filho, que está à frente da operação e cumpre os mandados juntamente com o promotor da Especializada Criminal de Porto Alegre, Mauro Rockenbach.
A organização investigada não detém qualquer autorização para a comercialização e abate de nenhum tipo de carne, segundo o Ministério Público. Então todas as atividades executadas vinham ocorrendo sem qualquer fiscalização, não tendo a inspeção de fiscais médicos veterinários. Ato essencial para prevenir que carnes sem inspeção sejam consumidas pelas pessoas.
Os resultados da operação serão apresentados em entrevista coletiva à imprensa, às 11h, na sede do MP em Caxias do Sul, pelo coordenador do Gaeco – Segurança Alimentar, Alcindo Luz Bastos da Silva Filho. Haverá também a presença de representantes da Secretaria Estadual da Saúde e da Secretaria Estadual da Agricultura, nessa operação que também conta com o apoio da Brigada Militar.