O Hospital de Portão fechou sua ala psiquiátrica. O diretor-presidente do Hospital de Portão, Guilherme Vieira, participou da Sessão da Câmara de Vereadores nesta segunda-feira, 29, para atualizar a comunidade sobre a situação do hospital. Em sua fala, que você confere no vídeo abaixo, ele falou sobre diversas questões, mas a principal se deu sobre o fechamento da ala psiquiátrica. Nove profissionais foram desligados.
Confira a fala completa:
Guilherme Vieira diz que o Hospital de Portão está estancando algumas torneiras que estavam abertas dentro do hospital muito em função do aumento concedido aos enfermeiros e técnicos de enfermagem a nível nacional, que aumentou as despesas do hospital em R$ 180 mil e o hospital não recebeu nenhuma contrapartida federal, estadual ou municipal pra dar conta desses valores. “Para fazer o dever de casa, nós tivemos que estancar algumas torneiras que estavam abertas dentro do hospital. A gente sabe quais são as torneiras estão abertas, ou seja quais os serviços que dão prejuízo para o hospital.”, explica.
De acordo com o diretor-presidente, o serviço de psiquiatria gera de receita para hospital R$ 36 mil por mês, mais o Programa Assistir que gera entorno de R$ 4 mil a R$ 6 mil. Ou seja, o hospital recebia por 10 leitos de psiquiatria uma média de R$ 40, R$ 42 mil por mês. Porém, o custo deste serviço, antes da reforma, antes do aumento da folha, era de mais de R$ 100 mil por mês e o hospital teria que contratar mais alguns profissionais para dar o tratamento adequado para as pessoas que estavam ali internadas.
Vieira explica que esse serviço era contratado pelo Governo do Estado, não pela prefeitura, em um contrato direto do Governo Estado com o Hospital. “Nós apresentamos essas despesas para o Governo do Estado, o qual entendeu que, para quantidade de leitos que nós temos, realmente o custo é muito alto, então que era melhor passar essa referência para outro hospital. Essa referência está sendo repassada para outro hospital e nós fechamos a nossa ala psiquiátrica, esses 10 leitos.”, explica e completa: “Ou seja, para tirar R$ 80 mil de prejuízo mensal do hospital, nós estamos fechando as torneiras. Com isso, a gente desligou já 9 profissionais que estão no hospital e reduzimos os quadros. Não estamos fazendo nada diferente do que a maioria dos hospitais do país. Muitos hospitais fecharam já, muitas clínicas estão fechando por conta desse desse custo, dessa folha de pagamento. Nós estamos tendo também que reduzir os serviços para não fechar.”.