O presidente do Hospital de Portão Guilherme Vieira concedeu uma entrevista à nossa reportagem após a morte do jovem Jeferson Daluz Pinheiro por pneumonia na terça-feira (23). A mãe dele, Elisângela Godoy, acusa o hospital de negligência no atendimento ao filho e diz que ele não recebeu os cuidados necessários para salvar sua vida.
Vieira defendeu o hospital das acusações e disse que está buscando melhorar a estrutura e os serviços prestados à população. Ele afirmou que o hospital atende cerca de 150 pessoas por dia na urgência e emergência e tem médicos qualificados e medicamentos disponíveis para os pacientes.
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Ele também destacou as reformas feitas na instituição com recursos do governo do estado e os planos para adquirir um tomógrafo e uma UTI no futuro. Ele disse que o hospital tem uma demanda muito grande e que precisa de mais investimentos para ampliar a capacidade de atendimento.
“Nós estamos fazendo o possível para melhorar a saúde em Portão. Nós recebemos recursos do estado para reformar o hospital, trocar o telhado, pintar as paredes, trocar os colchões. Nós também estamos buscando recursos para comprar um tomógrafo, que é um equipamento essencial para diagnosticar doenças como a pneumonia. E nós temos um projeto para construir uma UTI, mas isso depende de verbas federais e estaduais”, explicou Vieira.
Ele disse que não pode responder pela parte médica nem pela parte familiar do caso de Jeferson e que cabe aos órgãos competentes averiguar o ocorrido. Ele afirmou que respeita a dor da mãe e que qualquer coisa que ele fale pode parecer uma ofensa para ela.
“O pessoal falou ‘faz uma nota’. Eu falei: não vamos fazer nada. Vamos respeitar a dor dela. A dor dela ninguém quer sentir. É uma dor da perda de um filho. É difícil assumir a dor da perda de um pai, de um parente. Imagina de um filho”, disse Vieira.
Ele também disse que Portão está passando por uma semana difícil com casos de suicídio e fatalidades e pediu orações pela família de Jeferson e pelos demais enlutados.
“O nosso sentimento também é de luto. A gente não quer perder ninguém dentro do hospital”, concluiu Vieira.