A Câmara de Vereadores do município de Canguçu, no Rio Grande do Sul, iniciou uma investigação contra o vereador Francisco Vilela, do partido Progressistas, por suposta quebra de decoro parlamentar. O parlamentar é acusado de proferir comentários ofensivos contra uma servidora municipal durante a sessão ocorrida no dia 5 de junho. Com o microfone ligado durante a sessão ele foi ouvido dizendo: ”essa neguinha é puta, puta”se referindo a uma servidora.
A representação foi protocolada pela advogada Cibele Fernandes e obteve votação unânime dos vereadores, incluindo o próprio Francisco Vilela. Durante sua manifestação na tribuna, o vereador reconheceu a sua fala, mas alegou que ocorreu em uma conversa particular durante uma suspensão da sessão. Ele afirmou que houve um vazamento da conversa devido a uma falha no sistema de microfones.
No entanto, a autora da representação acusa o vereador de ter agido contra os princípios da moralidade que regem o cargo público que ele ocupa. Segundo ela, o cumprimento do exercício do cargo de vereador exige a defesa do Estado Democrático de Direito e a promoção do bem-estar, além da eliminação das desigualdades sociais.
Em uma nova etapa do processo, foram sorteados os vereadores que irão compor a comissão responsável por analisar o pedido de cassação. Os vereadores Oraci de Souza Teixeira, Ildo Venzke e Emerson Henzel serão encarregados dessa tarefa delicada.
A investigação da comissão buscará esclarecer os fatos e determinar se houve quebra de decoro parlamentar por parte do vereador Francisco Vilela.