A Polícia Civil realizou no Estado a Operação Junk Bonds, que mira grupos que enganavam empresários com falsos contratos de compensação de débitos tributários. A ação foi conduzida pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), de Viamão, deflagradas nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
Os supostos créditos da dívida pública eram ofertados com deságio de 35%. A fraude gerou prejuízo de aproximadamente R$3 milhões em apenas duas empresas gaúchas.
Foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão, 9 em São Paulo, 1 em Santa Catarina e 1 no Rio Grande do Sul, bloqueio de contas vinculadas a 35 CNPJs e CPFs, restrição a 5 veículos. A investigação contou com o apoio de efetivo do departamento de Operações Policias Estratégicas (DOPE), de São Paulo. São 5 suspeitos: 2 gaúchos, sendo advogados, um natural de Canoas e o outro natural de Porto Alegre, 3 paulistas, um advogado natural de São Paulo, um contador natural de São Paulo e um administrador natural de São Paulo.
Uma empresa com sede em Viamão, que atua no amo da refrigeração e outra com sede em Tramandaí, que atua com soluções ambientais, foram vítimas do golpe no ano de 2018. Há suspeita de que outras 30 empresas também foram vítimas, pois a empresa dos estelionatários, deu entrada em outros 30 procedimentos similares na Secretaria do Tesouro Nacional. Até o momento, não foram identificadas e não se sabe seus estados de origem.
As duas empresas gaúchas, contabilizam um prejuízo de R$3 milhões de reais. As empresas vítimas eram atraídas através de 2 intermediários, o administrador e um advogado, que ofereciam compensações tributárias por meio de créditos pertencentes à empresa dos golpistas, os quais estavam alocados no Ministério da Fazenda. Os créditos eram vendidos com deságio de 35%, o que seria um negócio aparentemente vantajoso. Em seguida, verificou-se que o suposto crédito era referente a um título de dívida pública prescrita e que a operação era totalmente ilegal.
Os golpistas firmavam contratos com as vítimas para dar credibilidade à operação fraudulenta, prometendo suporta transferência dos créditos e enviavam documentos de protocolos junto à Secretaria do Tesouro Nacional, parecendo que a compensação estava sendo feita. Com as procurações das vítimas, a empresa golpista também zerava a base de cálculo dos tributos devidos na Receita Federal, também para parecer que a compensação de fato estava sendo feita.