A cidade de Dois Irmãos teve o primeiro caso de varíola dos macacos. A notificação foi feita pela Secretaria de Saúde, em um boletim informativo publicado nesta segunda-feira 22. Além do novo caso na região, outros dois casos foram confirmados em Porto Alegre. Até o momento, a Prefeitura de dois Irmãos não confirma o caso da doença no município.
Ao todo, o Estado registra 77 casos confirmados, e outros 333 estão sob investigação.
Confira abaixo a lista de cidades e o número de casos de monkeypox:
Campinas do Sul 1
Campo Bom 2
Canoas 7
Carlos Barbosa 1
Caxias do Sul 4
Esteio 1
Garibaldi 3
Gramado 2
Igrejinha 3
Marau 1
Monte Belo do Sul 1
Novo Hamburgo 4
Parobé 1
Passo Fundo 1
Porto Alegre 35
Santo Ângelo 1
São Leopoldo 1
São Marcos 1
Sapiranga 1
Uruguaiana 2
Viamão 4
Sobre a doença
A monkeypox é causada por um vírus. Foi diagnosticada e identificada na década de 1960 primeiro em macacos, por isso ficou conhecida como “varíola dos macacos”. Essa doença tem caráter endêmico em alguns países da África Central e da África Ocidental.
Ao longo da história da saúde pública mundial, houve surtos em alguns países, como, por exemplo, nos Estados Unidos, mas com poucos casos. Neste ano foi identificado o primeiro grande surto em países não endêmicos, ou seja, países que não são da África Central e da África Ocidental, com circulação sustentada do vírus.
Transmissão, prevenção e tratamento
A principal forma de transmissão é por meio do contato pele com pele, secreções ou por objetos pessoais do paciente infectado. O período de incubação (tempo entre o contágio e o aparecimento de sintomas) é geralmente de seis a 13 dias, mas podendo chegar a 21. Inicialmente a pessoa apresenta febre, dor de cabeça intensa, dor nas costas e inchaço nos linfonodos (pescoço, axila ou virilha). Lesões na pele costumam surgir mais frequentemente na face e extremidades.
Considerando que a transmissão ocorre por contato direto prolongado com pessoas infectadas ou por objetos contaminados (como toalhas, lençóis, talheres), recomendam-se como formas de prevenção o isolamento dos doentes (com uso de máscara) e a intensificação de medidas de higiene individuais (lavagem de mãos) e ambientais (desinfecção de superfícies de toque do paciente).
Os pacientes diagnosticados devem receber líquidos e alimentos para manter o estado nutricional adequado e manter as lesões cutâneas limpas e secas.