Na madrugada desta quinta-feira (29), os trabalhadores do transporte coletivo da Região Metropolitana do Rio Grande do Sul entraram em greve, causando impactos nos ônibus intermunicipais de Alvorada, Cachoeirinha, Canoas, Glorinha, Gravataí, Nova Santa Rita e Viamão.
De acordo com o comunicado divulgado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários Intermunicipais de Turismo e de Fretamento da Região Metropolitana (Sindimetropolitano), os usuários das linhas urbanas das empresas Soul, Sogil, Transcal, Consórcio de Transportes Nova Santa Rita e Empresa de Transportes Coletivos Viamão serão afetados pela paralisação parcial.
Por determinação judicial, a operação do transporte coletivo deve funcionar com 50% dos ônibus nos horários de pico (das 5h30min às 9h e das 16h30min às 19h) e 30% nos demais horários. O sindicato assegurou que cumprirá a medida.
Em nota, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedur), por meio da Metroplan, informou que está buscando resolver o impasse entre os funcionários e as empresas, incluindo a definição de uma tarifa razoável. Segundo a Metroplan, ainda restam R$ 42,8 milhões a serem repassados às empresas do sistema de transporte coletivo metropolitano, valor que está retido devido a uma ação judicial.
O Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários no Estado do Rio Grande do Sul (SETERGS) também se manifestou sobre a situação, destacando que vem alertando há meses sobre a defasagem da tarifa do serviço público de transporte metropolitano. O SETERGS apresentou uma proposta de reajuste salarial de 3% para agosto, totalizando 6% quando a questão das tarifas pendentes for resolvida. No entanto, ressaltou que o setor enfrenta dificuldades decorrentes da queda de passageiros durante a pandemia e dos aumentos de insumos.
Caso a greve seja confirmada, ficou acordado com os rodoviários, por sugestão do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4), que serão mantidos 50% dos serviços nos horários de pico (das 5h30min às 9h e das 16h30min às 19h), e 30% nos demais horários.
A greve parcial do transporte coletivo representa um desafio para os usuários, que terão sua rotina de deslocamento impactada. É importante estar atento às informações atualizadas sobre a situação e buscar alternativas para minimizar os transtornos, como a utilização de meios de transporte alternativos, caso seja possível.