A colheita do trigo no Rio Grande do Sul foi aberta oficialmente na segunda-feira, 18. A cerimônia foi realizada na Fazenda Santa Terezinha, em Cruz Alta, com a presença do governador, Eduardo Leite, dentre outras autoridades políticas e técnicas.
Em Ijuí, o trigo ocupa menos da metade da área plantada com soja em Ijuí que é de 40 mil hectares mas, de acordo com informações do IPAN quinzenal, nos últimos cinco anos, vem aumentando. Em 2021 a cultura de inverno ocupa 16 mil hectares no município, um crescimento de 33% em relação à área plantada em 2020. A estimativa é de uma produção média de 2,5 toneladas por hectare, o que pode resultar em uma safra de 40 mil toneladas.
A confiança dos produtores no cereal elevou o trigo à principal safra de inverno, à frente da aveia branca grãos (799.714 t), cevada (129.934 t) e canola (55.672 t). A área cultivada com o grão no Estado superou um milhão de hectares, o que não acontecia desde 2014.
Cenário positivo no Rio Grande do Sul também
O cenário é positivo para a safra, com aumento de área e de preço. Até o momento, as máquinas já colheram mais de 5%, ou seja, aproximadamente 60 mil hectares de uma produção estimada pela Emater/RS-Ascar em 3,59 milhões de toneladas. Puxado pela demanda aquecida, o preço do trigo subiu. A saca de 60 kg, em média, vale R$ 80,70. No mesmo período do ano passado o produto era cotado em R$ 62,13.
Dos 915,7 mil hectares cultivados na safra do ano passado neste ano, a área cultivada foi de 1.177.487 hectares. Em que pesem perdas registradas, principalmente no Noroeste gaúcho, o cenário é “positivo”, na avaliação de Tarcísio Minetto, coordenador da Câmara Setorial do Trigo, uma das 23 câmaras setoriais da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr). “Se o clima ajudar, podemos colher a melhor safra de trigo do Rio Grande do Sul, com a retomada do aumento de área e com preços interessantes”, disse Minetto.
O gerente da Emater/RS-Ascar da região de Ijuí, Carlos Turra, mencionou que áreas tradicionais de soja, por exemplo, que neste ano devem corresponder a 92 mil hectares, poderiam voltar a plantar trigo. “Poderia, quem sabe, haver um avanço na área do trigo, já que há espaço para ampliação de área”, analisou Turra.