A Polícia Civil, por meio da 1ª Delegacia de Polícia de Repressão a Roubos, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), deflagrou na manhã desta quarta-feira, 22, uma nova fase da Operação Tesla. Foram cumpridos seis mandados de prisão preventiva e 14 mandados de busca e apreensão domiciliar. As buscas ocorrem em imóveis na cidade de São Leopoldo, nos bairros Arroio da Manteiga, Campina, Scharlau, Feitoria e Duque de Caxias.
Entenda o caso
No dia 26 de dezembro de 2022, por volta das 18h, um homem de 31 anos de idade, foi levado de Canoas. Ele, bem como seus familiares, possuem um comércio na cidade. No mesmo dia os sequestradores entraram em contato pelo WhatsApp exigindo um valor de R$ 500 mil fosse pago a título de resgate. “As vítimas se dirigiram num primeiro momento à DPPA de Canoas, mas tendo em vista a natureza do crime e a necessária especialização para o assessoramento ao caso, foram encaminhadas para a 1ª Delegacia de Polícia de Repressão a Roubos e Antissequestro, órgão vinculado ao Deic.”, informa a Polícia Civil.
No dia seguinte o cativeiro foi localizado pela Polícia Civil na cidade de Portão. Policiais foram ao local, por volta das 21h e resgataram a vítima e prenderam dois homens em flagrante delito. Dois outros homens morreram durante confronto armado com os policiais.
Solução ideal
De acordo com o delegado João Paulo de Abreu, a solução ideal deste caso, decorre especialmente do esforço concentrado e do alinhamento de trabalho, entre a Polícia Civil, o Ministério Público Público e o Poder Judiciário, pelo Juízo Criminal da 2ª Vara do Foro da Comarca de Canoas e da Promotoria de Justiça Criminal, daquela cidade. “Foi por meio da investigação criminal, oriunda de diversas medidas cautelares, de natureza sigilosa, que indícios de autoria foram coletados para determinadas pessoas. Assim, a 1ªDR/Deic tomou conhecimento do caso e passou a adotar os procedimentos operacionais e investigativos, para a solução de mais um incidente crítico: crime de extorsão mediante sequestro, com vítima em cativeiro. “, explica a autoridade policial por meio de nota.
A Polícia Civil explica que, após a libertação da vítima, as diligências se concentraram na análise de tudo o que foi apreendido no local de cativeiro e com os conduzidos, bem como, em novos afastamentos de sigilo e respectivas análises. Houve ainda, recebimento de informes advindos da Brigada Militar, cuja verificação da procedência das informações também foi obtida de forma positiva. Desta forma, ao longo desses pouco mais de três meses, os policiais civis conseguiram reunir elementos de informações e de provas, que dão conta sobre a participação de seis pessoas no crime, os quais são alvos destas novas diligências.