Nesta segunda-feira, 22, o Centro Estadual de Vigilância (CEVS), confirmou que o Rio Grande do sul registra 61 casos de varíola dos macacos. O número de casos suspeitos chega a 253, que já estão sob investigação.
Os casos confirmados estão distribuídos em 21 municípios gaúchos. A cidade que mais reúne o número de pessoas infectadas é a capital Porto Alegre, com 24 casos confirmados.
Na última quinta-feira,18, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) confirmou a transmissão comunitária da doença no Estado. Essa condição é estabelecida quando não é possível identificar a origem da infecção. No dia 12 de agosto, Porto Alegre já havia confirmado esse tipo de transmissão da doença.
Confira as cidades com casos de varíola dos macacos:
Campinas do Sul : 1
Campo Bom: 1
Canoas: 5
Carlos Barbosa: 1
Caxias do Sul: 4
Dois Irmãos: 1
Esteio: 1
Garibaldi: 3
Gramado: 1
Igrejinha: 3
Monte Belo do Sul: 1
Novo Hamburgo: 3
Parobé: 1
Passo Fundo: 1
Porto Alegre: 24
São Leopoldo: 1
Santo Ângelo: 1
São Marcos: 1
Sapiranga: 1
Uruguaiana: 2
Viamão: 4
Sobre a doença
A monkeypox é causada por um vírus. Foi diagnosticada e identificada na década de 1960 primeiro em macacos, por isso ficou conhecida como “varíola dos macacos”. Essa doença tem caráter endêmico em alguns países da África Central e da África Ocidental.
Ao longo da história da saúde pública mundial, houve surtos em alguns países, como, por exemplo, nos Estados Unidos, mas com poucos casos. Neste ano foi identificado o primeiro grande surto em países não endêmicos, ou seja, países que não são da África Central e da África Ocidental, com circulação sustentada do vírus.
Transmissão, prevenção e tratamento
A principal forma de transmissão é por meio do contato pele com pele, secreções ou por objetos pessoais do paciente infectado. O período de incubação (tempo entre o contágio e o aparecimento de sintomas) é geralmente de seis a 13 dias, mas podendo chegar a 21. Inicialmente a pessoa apresenta febre, dor de cabeça intensa, dor nas costas e inchaço nos linfonodos (pescoço, axila ou virilha). Lesões na pele costumam surgir mais frequentemente na face e extremidades.
Considerando que a transmissão ocorre por contato direto prolongado com pessoas infectadas ou por objetos contaminados (como toalhas, lençóis, talheres), recomendam-se como formas de prevenção o isolamento dos doentes (com uso de máscara) e a intensificação de medidas de higiene individuais (lavagem de mãos) e ambientais (desinfecção de superfícies de toque do paciente).
Os pacientes diagnosticados devem receber líquidos e alimentos para manter o estado nutricional adequado e manter as lesões cutâneas limpas e secas.