O Centro Estadual de Vigilância em Saúde do Estado confirmou nesta sexta-feira, um total de 162 casos de varíola dos macacos. A primeira pessoa infectada com o vírus no rio Grande do sul foi identificada no dia 12 de junho. O primeiro caso de Estância Velha foi confirmado na terça-feira, 13.
O relatório desta quinta, também mostra 230 casos suspeitos da doença sob investigação, 13 a menos que a edição anterior, quando as investigações somavam mais de 243 casos.
A Capital é o município com o maior número de casos da monkeypox, com um total de 90 casos. Os casos estão distribuídos em 32 municípios gaúchos.
Confira abaixo a lista de cidades e o número de casos de monkeypox:
Alvorada 1
Bagé 1
Cachoeirinha 1
Campinas do Sul 1
Campo Bom 3
Canoas 13
Carlos Barbosa 1
Caxias do Sul 4
Estância Velha 1
Esteio 1
Farroupilha 1
Garibaldi 3
Gramado 3
Igrejinha 3
Ijuí 1
Ivoti 1
Marau 1
Monte Belo do Sul 1
Morro Reuter 1
Nova Petrópolis 1
Novo Hamburgo 8
Parobé 1
Passo Fundo 1
Sobre a doença
A monkeypox é causada por um vírus. Foi diagnosticada e identificada na década de 1960 primeiro em macacos, por isso ficou conhecida como “varíola dos macacos”. Essa doença tem caráter endêmico em alguns países da África Central e da África Ocidental.
Ao longo da história da saúde pública mundial, houve surtos em alguns países, como, por exemplo, nos Estados Unidos, mas com poucos casos. Neste ano foi identificado o primeiro grande surto em países não endêmicos, ou seja, países que não são da África Central e da África Ocidental, com circulação sustentada do vírus.
Transmissão, prevenção e tratamento
A principal forma de transmissão é por meio do contato pele com pele, secreções ou por objetos pessoais do paciente infectado. O período de incubação (tempo entre o contágio e o aparecimento de sintomas) é geralmente de seis a 13 dias, mas podendo chegar a 21. Inicialmente a pessoa apresenta febre, dor de cabeça intensa, dor nas costas e inchaço nos linfonodos (pescoço, axila ou virilha). Lesões na pele costumam surgir mais frequentemente na face e extremidades.
Considerando que a transmissão ocorre por contato direto prolongado com pessoas infectadas ou por objetos contaminados (como toalhas, lençóis, talheres), recomendam-se como formas de prevenção o isolamento dos doentes (com uso de máscara) e a intensificação de medidas de higiene individuais (lavagem de mãos) e ambientais (desinfecção de superfícies de toque do paciente).
Os pacientes diagnosticados devem receber líquidos e alimentos para manter o estado nutricional adequado e manter as lesões cutâneas limpas e secas.