O segundo semestre de 2022 começou com 29% das famílias brasileiras com algum tipo de conta ou dívida atrasada. De acordo com o Fecomércio, esse é o maior percentual de inadimplência registrado desde 2010, quando foi realizada a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic).
O endividamento das famílias brasileiras chegou a 78% em julho, o maior índice nos últimos 12 anos. O aumento foi de 0,7 ponto percentual na comparação na comparação com o mês anterior de 6,6 em relação a julho do ano passado. Já o percentual de comprometimento da renda, permanece estável em 30,4%, desde abril, mas 22% dos brasileiros estão com mais da metade dos rendimentos comprometidos com dívidas.
Menor escolaridade, maior inadimplência
A proporção, em julho, daqueles que afirmam não ter condições de pagar seus débitos já atrasados cresceu 0,1%, com relação a junho. A maioria dos que permanecerão sem pagar as contas ou dívidas já atrasadas de meses anteriores, está entre 13% dos consumidores que não concluíram o ensino médio, que também foram os que mais precisaram atrasar pagamentos no próprio mês de julho, cerca de 33,3%.
A aceleração do endividamento neste início de semestre, ocorreu de forma semelhante nas duas faixas de renda pesquisadas. Para famílias que recebem mais de 10 salários mínimos por mês, a contratação de dívidas voltou a subir cerca de 0,8%, depois de 2 meses de redução. Neste grupo, o endividamento cresceu em 0,6%.
Queda nas dívidas com cartão de crédito
Julho foi o terceiro mês consecutivo com queda das dívidas de cartão de crédito – 1,2% a menos com relação a junho – movimentos nos dois grupos de renda. No total fe endividados do País, 85,4% possuem dívidas cartão de crédito, tal proporção havia chego em 88,8% em abril deste ano., Na comparação dos grupos de renda, desde fevereiro, a proporção de endividados no cartão de crédito está maior entre as famílias com mais de 10 salários mínimos. Os consumidores com até 35 anos de idade são os mais endividados, cerca de 87,5%.
Menor índice de financiamento em um ano
Outro destaque da pesquisa, relacionada ao mês passado, é a queda no número de financiamentos de automóveis ou da casa própria. Em julho do ano passado, cerca de 12,6% das famílias pagavam prestações de financiamento de carro e 9,7% de casas. Um ano depois, esses pertencias caíram para 10,6% e 7,6%, respectivamente. O motivo para a quedam no financiamento é o crescimento dos juros, que aumentaram cerca de 5,8 ponto percentual em 1 ano para carros, e 2,8 ponto percentual, para aquisição de imóveis.