Na última quinta-feira, 21, ocorreu o interrogatório dos réus, que apura a responsabilidade pela morte do adolescente Eduardo Vinícius Fosch dos Santos, de 17 anos, morto em uma festa na Zona Sul de Porto Alegre em março de 2013.
A próxima etapa do processo é a apresentação de memoriais escritos pelo Ministério Público, Assistência da acusação e da Defesa dos réus, para fazerem suas alegações finais. O prazo para realização do procedimento vai até o dia 12 de agosto. Depois, o magistrado decidirá se os réus vão para júri.
Nossa reportagem conversou com a advogada do caso, que representa a família de Eduardo, Lesliey Gonsales sobre as próximas etapas do processo:
Doutora, na última quinta-feira, 21, ocorreu o interrogatório dos réus do caso do Eduardo. Explica pra gente o que aconteceu nessa parte do caso?
Na quinta-feira foram interrogados os dois réus e eles se negaram a responder as perguntas do Ministério Público e dos assistentes de acusação. Só responderam as perguntas do juiz e dos seus próprios advogados. Eles negaram o crime veementemente e disseram que estão sendo injustiçados, inclusive pela empresa, porque estão sendo chamados de assassinos. Eles negaram que estavam lá. Isaías (réu do caso) disse que nunca entra nas casas, que sempre fica do lado de fora, o que é ilegal. Roberto (outro réu), disse que não conhecia Eduardo, que nunca o tinha visto, de nenhuma forma.
O que pode acontece caso os réus não sejam levados a júri?
O Ministério Público vai recorrer, nos também vamos recorrer. E aí vai ficar nas instâncias superiores decidirem. Se perdemos em todas as instâncias, o caso é encerrado e nós nunca saberemos quem efetivamente matou Eduardo.
Existe alguma expectativa de que o caso vá a júri? Tem alguma perspectiva sobre essa parte do caso?
Nós temos bastante esperança de que vá a júri. A tese da defesa é de que não teria sido um homicídio, mas sim um acidente, a mesma tese levantada pela polícia. Nós apresentamos várias provas em juízo, que é impossível que tenha sido um acidente, que ele tenha caído, mas a defesa ainda insiste nesta tese. Então, acho que há bons indícios e esperanças de que vá a júri.